AEB promove debate sobre fatores que tornam Portugal atrativo ao investimento estrangeiro
Hoje, dia 29 de novembro, o salão nobre da AEB acolheu a conferência ‘Novo ciclo de atração de investimento para Portugal’, com a Diretora da Direção de Investimento da AICEP, Philomène Dias. A 6.ª sessão do Ciclo de Conferências 160 “Desafiar o futuro com confiança!” que a AEB se encontra a promover, teve como objetivo sensibilizar e debater com os empresários e gestores os desafios que mais influenciam o futuro da atividade das empresas e demais organizações do setor do turismo. Daniel Vilaça, Presidente da AEB, iniciou a sessão reiterando a “extrema importância” da exploração desta temática no nosso país. “O investimento estrangeiro é um dos principais motores do crescimento económico e da criação de emprego. Portugal tem uma forte tradição de acolhimento de investimento estrangeiro, e tem vindo a atrair cada vez mais empresas de todo o mundo”, salientou. Apontando a recuperação económica global, a competitividade do nosso país, e a atratividade do nosso mercado, como fatores que impulsionam os investimentos estrangeiros, Daniel Vilaça destacou, também, o contributo destes “na diversificação da nossa economia, para a criação de emprego qualificado, e para o aumento da nossa competitividade internacional”. “As empresas estrangeiras que investem em Portugal trazem consigo novas tecnologias, novos conhecimentos, e novas oportunidades de negócio para as empresas portuguesas, mas cabe ao Governo exigir que estas empresas colaborem com o tecido empresarial português, de forma a promover uma melhor integração das empresas portuguesas nas cadeias globais de valor e a fomentar um aumento da competitividade das nossas empresas e do nosso país”, reforçou. Para o Presidente da AEB, a estratégia de atração de investimento estrangeiro para Portugal, não pode, no entanto, dissociar-se do problema da mobilidade e da falta de habitação. “Estes problemas estruturais só poderão ser resolvidos com um plano estruturado de mobilidade, a nível nacional e regional, verdadeiramente funcional e eficiente. Um plano que permita às pessoas viver nos concelhos limítrofes das cidades de dimensão relevante, onde a habitação é mais acessível, disponibilizando-lhes um serviço de transporte coletivo rápido e fiável, como é o caso da ferrovia, para se movimentarem para as cidades de maior dimensão, como é o caso de Braga.” Neste sentido, Daniel Vilaça apontou o importante papel das câmaras municipais na identificação de áreas potenciais para a instalação de empresas, tais como parques industriais/empresariais de grande dimensão, em zonas bem servidas por infraestruturas e transportes, com condições favoráveis para a instalação de empresas de diferentes setores, acrescentando ainda a pertinência de “leis e regulamentos claros e previsíveis, e de um sistema fiscal competitivo”. “Estou confiante de que, trabalhando juntos, podemos continuar a atrair investimento estrangeiro estratégico para Portugal. A AICEP pode contar com o apoio da AEB na definição de estratégias e na articulação com o tecido empresarial que potenciem a atração de projetos de investimento de valor acrescentado para a nossa região. Este investimento é essencial para o nosso crescimento económico e para o nosso futuro”, concluiu. Durante a sua intervenção, Philomène Dias defendeu que a atratividade de Portugal em termos de negócio está a crescer, tendo a AICEP conseguido obter ano para ano um crescimento ao nível da captação de investimento estrangeiro para Portugal. Abordando os inúmeros desafios, atualmente, verificados em Portugal, a Diretora da Direção de Investimento da AICEP, salientou que “hoje em dia o principal fatro que faz com que Portugal seja um caso de sucesso é o reconhecimento da existência de talento em Portugal”. A este fator juntam-se, ainda, a estabilidade social do país, a proximidade aos centros de decisão e o facto de fazer parte da União Europeia. Para além dos atuais fatores de atração de investimento, bem como as condicionantes à sua captura, na sessão foram ainda debatidas algumas estratégias futuras para atrair investimento estrangeiro estratégico para Portugal, e em particular para a região de Braga. Os participantes tiveram também uma voz ativa na sessão, expondo as suas preocupações e dúvidas face aos atuais desafios impostos pelo novo ciclo de atração de investimento para Portugal.
29 Nov