Artigo de opinião | Associativismo Empresarial: Impulsionar, Inovar, Liderar
03 Set 2025

Durante décadas, as associações empresariais foram reconhecidas, sobretudo, pela sua função representativa na defesa dos interesses dos seus associados junto do poder político e da administração pública. Essa missão continua válida e necessária. No entanto, num mundo em permanente transformação, esse papel já não é suficiente. É preciso mais e os empresários esperam e valorizam outras dimensões de atuação.
Hoje, as associações empresariais, mais do que estruturas reivindicativas, devem ser plataformas de desenvolvimento económico, geradoras de conhecimento, aceleradoras de competências e catalisadoras de inovação nos territórios onde operam.
Este novo posicionamento exige um profundo repensar da missão, das ferramentas e, sobretudo, das formas de atuação destas organizações.
A Associação Empresarial de Braga tem procurado estar na vanguarda deste novo paradigma. Acreditamos que o nosso papel é ajudar as empresas a antecipar desafios, qualificar os seus recursos, adotar práticas mais sustentáveis e competir num mercado cada vez mais global. Sabemos que não basta representar os empresários – é fundamental ajudá-los a crescer, a inovar, a tornarem-se mais competitivos e resilientes.
Assumimos, por isso, uma atuação sustentada em quatro dimensões estratégicas:
→ Formação e qualificação – apoiando empresários e trabalhadores no desenvolvimento de competências críticas, nomeadamente em áreas como a digitalização, a sustentabilidade e a gestão.
→ Promoção e dinamização económica – através de feiras, eventos e ações de ativação de marcas e produtos, que projetem as empresas e os territórios em que se inserem.
→ Ligação em rede – fomentando o networking, o associativismo colaborativo e as sinergias empresariais que potenciem crescimento conjunto.
→ Influência política com base em dados e propostas concretas – não para contestar por contestar, mas para contribuir de forma construtiva para políticas públicas amigas da economia real.
Este novo papel exige muito mais de todos: dirigentes, colaboradores e associados. Requer profissionalização da gestão, equipas qualificadas, capacidade de planeamento estratégico e uma governação orientada para o impacto e os resultados. Porque a credibilidade das associações constrói-se todos os dias, na consistência entre o que se propõe e aquilo que se entrega.
No fundo, o associativismo empresarial deve deixar de ser visto como um legado do passado e passar a ser encarado como uma alavanca essencial para o futuro da economia local e nacional. Em tempos de transição digital, climática e energética, envelhecimento demográfico, desglobalização e escassez de talento, o papel das associações é mais relevante do que nunca.
O mundo mudou. As empresas mudaram. As associações empresariais também têm de mudar. E a AEB está determinada em continuar a liderar essa mudança — porque é, indubitavelmente, uma das melhores referências nacionais no associativismo empresarial.