Artigo de opinião | Incubadoras de emprego – uma resposta social inovadora para desempregados

25 Mar 2022

O que tem feito para procurar emprego? Quando foi a última vez que atualizou o seu currículo? Sabe como procurar novas oportunidades e abordar os empregadores? Na sua procura de emprego utiliza as redes sociais? Sabe como valorizar-se nas entrevistas de emprego? Conhece as competências requeridas pelo mercado de trabalho? Sabe o que tem para oferecer aos empregadores?

Para dar resposta a estas interrogações, o governo decidiu lançar uma rede nacional de incubadoras que promovem a inclusão no emprego, com o objetivo de apoiar a procura ativa de emprego dos desempregados e a potenciar a sua (re)inserção no mercado profissional.

A rede arrancou, em 2022, com um conjunto de 18 entidades protocoladas a nível nacional, sendo a AEB – Associação Empresarial de Braga o parceiro selecionado pelo IEFP para promover a Incubadora Social de Emprego de Braga.

Inspiradas num modelo de grande sucesso em Espanha – as “Lanzaderas de Empleo” -, as Incubadoras Sociais de Emprego são um programa inovador de orientação profissional assente na constituição de equipas de desempregados, orientadas para a procura ativa de emprego em grupo, com base numa metodologia colaborativa que concilia técnicas de procura de emprego ajustadas às dinâmicas do mercado laboral com uma componente de aconselhamento técnico de um mentor que visa o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e digitais dos participantes.

A operacionalização da iniciativa passa pela constituição de equipas de 20 pessoas em situação de desemprego, com diferentes perfis formativos e percursos profissionais, que, durante um período de cerca de 5 meses, reunirá 3 dias por semana para treinar uma procura de emprego inovadora e proativa, melhorar as competências transversais e digitais e apoiar-se mutuamente na procura de emprego.

Através da realização de sessões de grupo, sessões individuais, projetos colaborativos e contactos com empresas, os participantes, com o apoio de um mentor, reforçarão as competências chave para a empregabilidade, tais como: autoconfiança e autoconhecimento, comunicação, flexibilidade, tomada de decisão, gestão do tempo, proatividade, competências digitais e trabalho em equipa.

São destinatários das Incubadoras Sociais de Emprego os desempregados inscritos nos serviços de emprego com idade igual ou superior a 23 anos ou com idade inferior desde que possuam o nível 4 ou superior do Quadro Nacional de Qualificações, sejam jovens NEET (termo utilizado para descrever os jovens que não estudam, não trabalham, nem seguem uma formação) ou estejam em situação de particular desfavorecimento ou afastamento prolongado do mercado de trabalho.

A participação dos destinatários nas Incubadoras é de carácter voluntário, mas está prevista a atribuição de subsídios de transporte (50 €/mês) e de refeição (4,77 €/dia) para incentivar e compensar os gastos de participação no projeto.

Trata-se, por isso, de uma abordagem complemente inovadora, e pioneira em Portugal, para aumentar a empregabilidade dos desempregados, num projeto cujo conceito é ‘ensinar a pescar’. Como diz um antigo provérbio chinês “dê ao homem um peixe e ele se alimentará por um dia. Ensine um homem a pescar e ele se alimentará por toda a vida”.

– artigo de opinião do Diretor Geral da AEB, Rui Marques, no Jornal Correio do Minho

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